21 de junho de 2010

Ghosts 'N Goblins

Ghosts 'N Goblins



Ghosts ‘N Goblins... como descrevê-lo? Cão chupando Manga? Ou talvez nono circulo do inferno? Bem, o meu favorito é “Lascas de Bambu enfiadas em baixo das unhas”.



 Fato que ninguém discute é que Ghosts’ N Goblins é cruel, cruel a ponto de te obrigar a andar em um cemitério só de cuecas. E toda essa crueldade nos açoitou pela primeira vez em 1985 nos árcades onde era um verdadeiro devorador de fichas, mas um ano depois os masoquistas finalmente puderam levar a sua tortura favorita pra casa através do NES. Obviamente esse jogo foi incluso no que os fãs chamam de “Nintendo Hard”, afinal a dificuldade continua altíssima, na verdade, com relação à versão de árcade, a única perda no jogo foi a qualidade sonora e visual durante a conversão. G’NG era um árcade 16-bits, certas coisas tiveram que ser alteradas para caber em um console 8-bits, mas nem todas as alterações eram ruins, pois agora o jogo vinha com continues infinitos, isso mesmo, chega de gastar o salário inteiro na tentativa de terminar o jogo.



Mas não se engane quando falo a respeito de gráficos “capados”, o jogo sem duvida apresenta excelentes gráficos. Detalhados o suficiente e bem animados, na medida pra atrair jogadores e ser incrivelmente carismático. Carismático o suficiente pra que cada um dos inimigos lhe chame a atenção e fique em sua memória.


A musica dos dois primeiros cenários é sem duvida uma das melhores do console. É uma daquelas do tipo chicletão, ela gruda em sua cabeça e demora pra sair. Mas também na parte sonora do jogo é que esta uma de suas fraquezas, pois existem poucas musicas e elas basicamente se repetem por dois cenários até trocar a musica nos próximos dois, não é nada que venha a atrapalhar a jogatina, porém, que isso passa uma sensação de que faltou algo no cartucho... Na parte dos efeitos sonoros o jogo também não se mostra muito elaborado, sons simples, mas que, cumpre o seu papel. Alias uma boa ideia é já ir se acostumando com o tema da morte do personagem, afinal, você vai virar muitas vezes uma pilha de ossos até terminar o jogo.


Terminar o jogo! É ai que ele demonstra toda a sua crueldade. Após passar por todo o perrengue para chegar ao ultimo chefe e derrotá-lo você descobre que tudo não passava de uma ilusão e que agora você deve refazer o jogo, desde o inicio, para só então matar de verdade o ultimo chefe, Satan (medoooo), e só assim Sir Arthur consegue resgatar a princesa Pri Pri (que raio de nome é esse?!) e ter um final feliz, no bom sentido é claro.


Em suma, clássico nos árcades, clássico no Nes, Ghosts ‘N Goblins pode ser “Lascas de Bambu enfiadas em baixo das unhas”, mas isso faz parte de seu ar de graça, difícil porém carismático, o jogo do Sir Arthur marcou sua época por que merece, um verdadeiro “jogão”, que te levara a morte incontáveis vezes e fará com que fique careca antes da hora, mas você ira ignorar isso, pois não vai conseguir parar de jogar.

Um comentário:

  1. Sempre tomei surra nesse jogo, independente da versão!

    Engraçado como a censura da Nintendo não cortou as ceroulas do Arthur!

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